segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Campanha Eleitoral

Se era uma tortura assistir aos noticiários das TV's em época normal, que poderei dizer agora em plena fase de guerrilha (perdão... campanha) eleitoral? Será que alguém é capaz de tomar uma decisão consciente quanto ao seu voto, em função do que se diz e faz nestes momentos de grande verborreia, enorme berraria e de frases sem o mínimo sentido. Tenho a sensação que os nossos políticos, nesta fase (e não só...) perdem por completo a noção do significado das palavras e apenas se preocupam em produzir um qualquer conjunto de frases que possam proporcionar um som estridente e que possa emocionar as claques que os envolvem nestes comícios e que depois são reproduzidas nas TV's com pompa e circunstância...
Mas tal como acontece no Futebol, para a comunicação social cá da terra, só os grandes existem, e enquanto que no Futebol só se fala do Benfica, na campanha só se fala dos partidos com deputados anteriormente eleitos, assim, tal como no Futebol, se ninguém fala dos clubes pequenos porque não vendem, e assim são impedidos de crescer, na politica passa-se exactamente o mesmo, quem é que vai votar num partido se ninguém fala dele? Assim não se pode crescer e a politica ficará eternamente entregue aos mesmos... E viva a democracia, que serve perfeitamente para manter o status quo, ou seja vamos ter sempre os grandes a dominar os pequenos e, mais grave ainda, com o seu apoio legitimado por eleições livres e democráticas...
Que podemos fazer contra isto? De acordo com um antigo dirigente do meu circulo de conhecimentos, por mais ideais que uma pessoa tenha, a sua eficácia será nula se for contra a MÁQUINA (ou seja contra o sistema, o reme-reme, a inércia,...) pois ela tritura todo aquele que lhe queira fazer frente... E na verdade, todos os dias temos exemplos que nos mostram que assim é. Podia dar alguns exemplos que mostram à evidência que assim é, mas não vale a pena, pois ainda me arriscava a ser acusado de terrorista, ficando imediatamente sob a alçada da justiça por infringir a lei, a propósito, tenho a sensação que muitas leis são feitas com o objectivo da continuar a proteger a já referida máquina, e dou apenas um exemplo: os partidos grandes recebem fortunas do orçamento de estado, enquanto que os pequenos recebem ZERO! Será que isto é democracia? É como dar aos ricos um iate e aos pobres recusar um paposseco...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Porque não sou politico

Ao apróximar-se um largo período de campanha eleitoral, aliás já há vários meses que estamos em campanha, dou comigo a pensar porque razão eu nunca me dediquei a tão nobre (e certamente vantajosa) actividade...
Talvez seja uma questão de feitio pouco democrata, pois eu não consigo entender como é que as maiorias têm sempre razão, quando no dia a dia me vejo confrontado com imensos exemplos que contrariam esta tese, (mas não há quem não diga que eu tenho um complexo de superioridade e excesso de arrogância), até a minha experiência de reuniões democráticas foi muitas vezes confrontado com a vitória democrática de decisões erradas e até ilegais.
Mas se calhar este até é um pequeno pormenor fácilmente ultrapassável com um pouco de treino, mas o pior é que os politicos, só têm como objectivo caçar votos, e nessa missão, não há quaisquer regras ou príncipios. O que interessa é a capacidade para dizer o que o povo quer ouvir, e aí é que eu não tenho qualquer capacidade de encaixar, pois se uma coisa me parece preta, não sou capaz de dizer que ele é branca, só para ter o apoio de quem me pode dar o poder... Nem sou capaz de dizer que vou fazer isto ou aquilo, quando tenho a convicção de que o contrário é que é o correcto.
Claro que esta minha teoria seria impiedosamente massacrada por todos os profissionais da politica que nesta terra zelam pelo bem da nação e que até seriam capazes de criar uma lei que obrigasse a calar este blasfemo que tem a ousadia de se manisfestar contra a nobre democracia que se esforça por dar ao povo todas as benesses que se possam imaginar, desde promover todos os trabalhadores ao escalão máximo da carreira, quer eles tivessem passado a vida a trabalhar afincadamente com zelo e dedicação, quer tivessem uma vida profissional de autentica bandalheira (como aconteceu, por exemplo, com a classe dos professores, e certamente em todas as outras, mas eu só falo do que tenho a certeza).
Eu seria incapaz de dizer que o povo Português merece tudo de bom, quando eu tenho a convicção que muitos não fazem o mínimo para melhorar a sua situação e consequentemente do País, quando vejo que toda a gente vai para o trabalho fazer um frete, e à 2ª feira já só pensa no fim de semana...
Como mudar isto? De certeza que não é com os politicos que, para terem os votos não mostram a toda a gente o que está mal, nem tomam quaisquer medidas que possam alterar a situação.
Mas o mal deve ser do clima, e no meu caso certamente alguma deficiência mental, pois ninguém em seu perfeito juizo considera que não é um explorado pela sociedade, pelo patrão ou pelo estado e é capaz de passar uma vida a fazer muito mais do que aquilo que lhe exigem (neste caso, até podia ter passado toda a vida a fazer NADA, que, ao exemplo do resto teria as mesmas regalias)...